Mas não concordo com a tese de que o tema de "change" é novo (desde Iowa). É verdade que desde o caucus de Iowa se gerou um consenso à volta da centralidade deste conceito para os eleitores americanos (democratas e republicanos). Só as vitórias de Obama e Huckabee (ambos 'novatos') é que aparentemente trouxeram a confirmação empírica, aos olhos de muitos observadores, que o tema de "change"é o motor desta campanha. O que me parece é que esta conclusão é uma tremenda vitória de marketing para Obama, que já há muito tempo se apresenta como a encarnação do "change".
Eu continuo a achar que é fácil para Obama ser sexy, e que lhe falta substância. Espero que os leitores da Bóina Frígia concordem comigo e que não deixem de ir votar (bem) nas primárias Democratas de Lisboa e Vale do Tejo.
2 comentários:
Caro David,
Não te deixes enganar pelo meu desdém sobre o absurdo de estarmos a torcer por candidatos nos quais não podemos votar. Eu também estou como tu, e se quiseres até tiro uma fotografia ao poster do Obama que tenho pendurado aqui em casa para te enviar (pergunta ao Pedro, ele sabe que sou capaz disso).
The change issue: bem, change é mesmo o slogan de Obama («Change we can believe in») mas só o facto de os candidatos fora do establishment terem ganho no Iowa é que levou a que os observadores - mas primeiro que tudo os candidatos - dissessem que as eleições são sobre a mudança.
Quanto à questão da consistência, hesito. Embora ache que esse termo tenha progressivamente substituído "experiência" (mais difícil de vender), concordo que esse será o principal problema de Obama - acho que o próprio está consciente disso. Mas é um balanço que tem de se fazer entre todos os factores em presença. E no final, para mim continua a dar Barack.
SCHWAAANZZZÊÊÊÊ!
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