Agora, referendar o que é de facto mais uma camada de revisões dos Tratados, uma manta de retalhos de acrescentos, opt-outs, e "medidas-a-implementar-lá-para-2017-se-até-lá-os-polacos-mudarem-de-ideias", desculpem lá, mas é pouco digno.
Referenda-se o quê? Eu tenho uma proposta.
"Concorda com o resultado da CIG, que se limitou a emendar, ainda que substancialmente, os Tratados em vigor, acrescentando muita da substância da antiga Constituição, como o fim do direito de veto em algumas áreas (apesar das várias excepções para o Reino Unido) e um Solana mais forte (embora, atenção, não seja um MNE europeu); note que foram abandonados o hino, a bandeira e a supremacia explícita da legislação europeia sobre a nacional, que a União não ganha novas competências, e que a introdução da regra da 'dupla maioria' para as votações de maioria qualificada no Conselho vai ser introduzida gradualmente em 2014, se os polacos deixarem. Enfim, concorda? "
A forma não o justifica, o conteúdo não o permite: não ao referendo.
A forma não o justifica, o conteúdo não o permite: não ao referendo.
1 comentário:
Totalmente de acordo.
Repetindo parte de um post que deixei no Esquerda Republicana:
Tenho que a União Europeia foi a melhor coisa que se fez na Europa provavelmente desde que o Montesquieu foi concebido. Quem dos nossos antepassados diria ou quereria que um dia os povos Europeus se uniriam para porem fim a um milénio de tribalismo, guerra e chacina. Tudo em nome de que? Fé? Nação? Tribo?
A União Europeia é o culminar da vitória da humanidade sobre o feudalismo Europeu. Aplicar um referendo para mais um tratado europeu, faz-me tanto sentido como referendar hoje a república vs monarquia.
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