A confirmar-se esta notícia, é uma decisão extraordinária. Se se confirmar, demonstra mais uma vez que a Síria é liderada por uma regime com muito poucos escrúpulos - e extremamente pragmático. Parece confirmar que o apoio ao Hamas é pura e simplesmente um meio para exercer pressão sobre Israel.
E que tem sido um erro dos EUA tentar isolar a Síria nos últimos oito anos (nomeadamente pressionando Israel para não reencetar negociações com Damasco).
O regime da Bashar Assad não quer justiça para os palestinianos, nem promover o fanatismo islâmico, nem apoiar a criação de uma hegemonia iraniana: tudo isto são apenas meios para um fim - a sobrevivência de um regime podre, autoritário e violento.
E nada daria um novo fôlego a este regime como a recuperação dos Golã. Pois dêem-lhes o raio dos Golã. Mesmo se isso aparentemente legitimar o regime.
É que sem a guerra com Israel, sem o fantasma da ameaça sionista a justificar a permanente histeria colectiva promovida pelas autoridades, sem a militarização da sociedade e sem o isolamento do regime na cena internacional, os sírios certamente sacudirão aquele regime. Com muita sorte, a recuperação dos Golã será a última - e a mais pírrica - vitória do regime dos Assad.
terça-feira, setembro 02, 2008
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