Manuel Alegre pode ter inspirado uma certa vertigem pelo "poder dos cidadãos", com o perigo de se pensar que os partidos são maus, isto só lá vai com os movimentos de cidadania. Exemplos do que pode ser mau nesta vertigem cidadã são a candidatura (apesar de tudo vitoriosa) de Helena Roseta (como já aqui referi) e algumas intervenções no seu site que, apesar de bem intencionadas, pecam por manifesta falta de consistência e partem de uma análise superficial de matérias técnicas. Mas hoje, no Público, o homem fez bem o que melhor sabe fazer enquanto poeta, que é escrever textos inspiradores e motivadores, pondo as coisas no seu devido lugar. Por exemplo, isto:
«Há mais vida para além das lógicas de aparelho. Se os principais partidos não vão ao encontro da vida, pode muito bem acontecer que a recomposição do sistema se faça pelo voto dos cidadãos. Tanto no sentido positivo como negativo, se tal ocorrer em torno de uma qualquer deriva populista. Há sempre esse risco. Os principais inimigos dos partidos políticos são aqueles que, dentro deles, promovem o seu fechamento e impedem a mudança e a abertura.»
Pode ser genérico, pode ser acima de tudo bonito e impossível de se discordar, mas é preciso que alguém o diga.
«Há mais vida para além das lógicas de aparelho. Se os principais partidos não vão ao encontro da vida, pode muito bem acontecer que a recomposição do sistema se faça pelo voto dos cidadãos. Tanto no sentido positivo como negativo, se tal ocorrer em torno de uma qualquer deriva populista. Há sempre esse risco. Os principais inimigos dos partidos políticos são aqueles que, dentro deles, promovem o seu fechamento e impedem a mudança e a abertura.»
Pode ser genérico, pode ser acima de tudo bonito e impossível de se discordar, mas é preciso que alguém o diga.
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