
Claro que há loucos e fanáticos em ambos os campos da barricada que ficam satisfeitos sempre que alguém do outro lado encrava uma unha, entala o dedo numa porta ou decide encetar ataques fratricidas, mas daí a descobrir aí uma máxima universal parece-me despropositado. Para além disso, longe de ser um fenómeno estanque, a escalada de violência entre Hamas e Fatah pode facilmente radicalizar-se e procurar legitimação através de ataques a alvos israelitas, quer nos territórios ocupados da Cisjordânia, quer mesmo no território do Estad de Israel.
Continuar a demonizar os israelitas por regra, dando a tónica essencial num comentário sobre a crise palestiniana a uma putativa satisfação daqueles, é, para além disso, querer evitar discutir o problema. Continuar a adoptar uma visão maniqueísta, desprovida de densidade na análise de um conflito complexo em nada contribui para ajudar a resolver o conflito.
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