quinta-feira, abril 19, 2007

Lei n.º 16/2007, de 17 de Abril

Não se ouviu muito falar muito do facto, mas ela aí está, publicada anteontem no Diário da República.

Missão cumprida.

5 comentários:

Teresinha Sanches de Baêna disse...

boa! finalmente ja se podem matar bebes sem qq tipo de justificação! finalmente a "nossa" luta acabou. Próximo passo... eliminação dos velhinhos! Por uma melhor qualidade de vida e pela dignidade

João Gato disse...

"Já se podem matar bebés sem qualquer tipo de justificação"? Espera aí: isso quer dizer que matar bebés está bem, desde que haja justificação?
Eu por mim sou contra a pena de morte, mas é um blog de acesso livre.
Presumo que desde que se justifique, também se pode matar velhinhos, será?

Teresinha Sanches de Baêna disse...

Claramente o tom ironico nao foi percebido. Eu sou contra o aborto com motivo, sem motivo... nao e essa a soluçao! Nao posso deixar de achar estranhas frases como "na minha barriga mando eu". ou seja, quem sabe da VIDA que la ta dentro sou eu, se a quiser matar so a mim diz respeito. A antiga lei ja abrangia tres gds excepçoes (sendo q para mim so uma (perigo de vida para a mae) fazia sentido e mesmo assim...), a nova lei permite matar os bebes simplesmente pq sim. Se nao me da jeito ter agora... mato. Ups... nao contava com isto ainda tou a estudar... pimba!
Digam o que disserem isto é crime. NADA disto justifica matar um bebe. A grande diferença é que esta lei permite que uma mulher, que esteja desiquilibrada e confusa diga: "quero matar o meu filho" e nada a impede. Ninguem lhe mostra soluçoes, niguem a aconselha. Ninguem faz nada senao maar o bebe!
Obviamente espero que tenha ficado compreendido que considdero o aborto sempre mau, com ou sem motivos, está errado. E digam o que dissrem, so pq a lei permite nao quer dizer que esteja certo. Só quer dizer que há uma GIGANTE crise de valores.
Quanto aos velhinhos, mais uma vez nao me percebeu. Eu explicp entao.
O que mais se ouviu dizer foi: pela dignidade(esta ate da vontade de rir), pelas condiçoes do bebe (entao como nao ha mata-se, é mto melhor)... Ou seja, se eu encontrar um mendigo na rua posso pensar... dignidade tem pouca ou nenhuma e condiçoes de vida tb nao há... como nao tenho trocos nao o posso ajudar entao... mato!... O mesmo com um velhinho doente e inconsciente. Seria logico
A vida tem que ser vivida com seriedade. As pessoas tem que saber enfrentar as consequencias dos seus erros. E qnd nao o querem fzer há outras opçoes... nao a morte!

João Gato disse...

Teresinha:
Eu também não gosto das expressão «a barriga é minha, faço dela o que quiser. Revela uma perspectiva demasiado simplista da questão. Tal como dizer que se mata e que quem é a favor da despenalização está de acordo com a morte.

Obrigado por ter explicado com tanta clareza o ponto de vista do Não à despenalização do aborto.
Foi esse radicalismo e irredutibilidade na forma como se colocam os termos da questão que levou à vitória do Sim no referendo.
Isso e também a forma como se associa à adopção da medida legislativa o passo civilizacional seguinte que é o de que, lá porque uma pessoa "não tem dignidade", mata-se. A insinuação insultar-me-ia se não estivesse habituado a mimos desses, por isso perdoo-lhe a falta de temperança cristã.

O mundo é feito de muitas cores e de muitas variantes, que não apenas aquelas que a menina conhece, habituada como deve estar a colocar as coisas nos seus devidos lugares sem questionar a arrumação. Experimente pular a cerca para ver o que se esconde do lado de lá.

Teresinha Sanches de Baêna disse...

Já percebi que nao entendeu o tom ironico em que lhe respondi, Vou ter isso em atençao. Em primeiro lugar nao ha qualquer radicalidade em defender a vida humana. A verdade é q eu estou bem ciente que muitas vezes o aborto n é uma escolha fácil. Sei as dificuldades mto acentuadas pelas quais muitas familias passam, mas tambem sei que nao é o aborto que as resolve. Não é a soluçao. Quanto á dignidade limite-me a repetir muita coisa que ouvi do "vosso lado" durante os debates. Não tem nada que me desculpar que eu nao me arrependo do que disse,e muito menos no que acredito.
O sim ganhou pura e simplesmente pq as pessoas procuram a soluçao mais facil, e com a quantidade de mentiras que foram ditas acharam que era esta.
Estão enganadas. O que me conforta é a certeza que mais cedo ou mais tarde se vao aperceber.
Pergunto lhe já agora... alguma vez fez alguma coisa para que o aborto diminuisse? ajudou alguma familia para que pudesse ter um filho?...Entao se votaram sim ao aborto e nao se preocupam para que este desapareça parece-me realmente que nao podem defender a vida humana e a dignidade da mulher, do bebe...