segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Slippery slope
Há quem diga que a vitória do 'sim' no referendo de Domingo representa mais um sintoma da erosão generalizada da hegemonia dos valores tradicionais em Portugal. Há quem diga que é um perigoso precedente, um prelúdio para o que virá a seguir. Não faço a mais pequena ideia se alguém diz isto. Mas se alguém disser, tem razão.
Casamento entre pessoas do mesmo sexo, aqui vamos nós! E desta vez sem mariquices de referendo. A República de 1974 vai-se aprofundando, ganhando consistência, e a dinâmica emancipatória que a distingue vai pulverizando séculos de escuridão em poucos anos. Como em alguns dias de 1789 se aboliu séculos de privilégios, feudalismo e servidão, lenta e gradualmente em Portugal se recuperam décadas, séculos perdidos.
A Razão ao serviço da sociedade, quando estuga o passo, dificilmente volta a parar.
É aproveitar agora.
Vae victis!
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3 comentários:
Mr. Opps,
Post inspirador!
De notar que o casamento de pessoas do mesmo sexo deveria ser muito menos polémico, pois é um tema em que "ganhamos todos", a Pareto, na lógica de um artigo muito feliz de Miguel Vale de Almeida, publicado há uns tempos.
E os juristas deste blog que me esclareçam, mas o cumprimento da Constituição (neste caso a não-discriminação, no seu artigo 13º, já para não falar no 36º - "o direito [que todos têm] a constituir família e contrair casamento em condições de plena igualdade") - não é referendável, certo?
Certo, cidadão, certo.
blargh! que nojo, nem me dou ao trabalho de responder.
Mas acho mto bem que:
-se casem maricas e nao tenham filhos
-Que os abortistas matem os seus filhos
-e já agr legalize-se a eutanásia também
é da maneira que aos poucos desaparecem e o País fica entregue aos "bons" hehe (note-se o tom irónico, não se ponham todos pái a matar-se)
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