O PCP manifestou-se contra a eventual participação de Portugal numa força mandatada pelas Nações Unidas no Líbano cunhando-a de "força de ocupação". Não consigo descortinar em que medida é que uma intervenção destinada a estabilizar a região e a assegurar o cessar-fogo, mediante acordo das partes no conflito vai "ocupar" o que quer que seja.
Sem prejuízo das dificuldades em materializar uma operação da UE neste contexto tornarem a discussão quase académica, o PCP consegue voltar a demonstrar que reside numa realidade internacional paralela, onde nem sequer um mandato das Nações Unidas é capaz de legitimar uma operação de manutenção de paz. Para os lados da Soeiro Pereira Gomes uma operação autorizada pela Carta visa servir intuitos "imperialistas" (sic).
Mais grave é o apelo à participação em manifestações anti-imperialistas e anti-sionistas. Sim, leram bem, anti-sionistas.
Será ignorância, má-fé demagógica ou algo pior?
Espero que apenas as duas primeiras...
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