terça-feira, janeiro 10, 2006

Santos da casa não são para andar nas bocas do mundo

Isto estava para ser escrito há uns dias.
Nenhum não-comunista pode pronunciar-se sobre personagens históricas do PCP, nem que seja para elogiar. A hagiografia marxista-leninista em Portugal proíbe-o a profanos.
Manuel Alegre não pode fazer referência a Álvaro Cunhal e a Dias Lourenço porque não é do partido.
A cegueira clubista de Jerónimo de Sousa e do PCP (porque Jerónimo inclui o PCP em tudo o que diz e pensa, quando utiliza a primeira pessoa do plural, anulando-se como individualidade perante o colectivo) pretende subtrair à memória colectiva da resistência - colectiva, porque de todo o povo português - os exemplos deixados por militantes do seu partido na luta comum do povo português contra a opressão.
O PCP queixa-se, primeiro, de ser maltratado pela opinião pública ou publicada, disparando com o epíteto de anti-comunista (que é tão primário como o de comunista) a tudo o que possa ser visto como crítica indesejável, mas não sabe acolher o reconhecimento vindo do exterior.
É obra. De que mais se há-de o PCP queixar?

5 comentários:

Anónimo disse...

Mais histórias de plágios

Pronto. É sina assente: agora, tudo o que tenha a ver com o gamanço de escritos alheios tem de me vir parar ao desktop. Ainda acabo como metade da população portuguesa: processado pela Clara Pinto Correia, que gastou esta semana a justificar, no "24 Horas", os seus tormentos e a ameaçar este e aquele com ferozes litigações, pois "agora já não vai sair barato dizer mal de mim". Isto enquanto persiste na colocação de aspas a proteger a palavra "plágio", quando aplicada à sua pessoa, mas enfim. (Espero que ela não descubra que escrevi há um ano que "o Jorge Listopad e a Clara Pinto Correia deviam ser banidos para a Zona Fantasma"...)
É que nossa Margarida conseguiu por fim encontrar um texto assinado por Francisco Louçã em 2001 e outro de Michel Chossudovsky, alguns dias anterior. Podem ler ambos aqui. Até me dei, não fossem acusar-me de escasso empenho analítico, ao trabalho de assinalar a vermelho as passagens literalmente comuns aos dois artigos. Mas não era preciso; eles estão obviamente irmanados e expõem os mesmos factos, o mesmo raciocínio e a mesma conclusão.
Plágio? Para ter a certeza, precisaria de verificar alguns dados: datas, notas, o texto assinado por Louçã. Mas admito que parece bastante provável.
Sei que pode soar a coisa estranha, mas é verdade, Margarida: nem todos fechamos os olhos ao que parece ser a evidência só porque esta nos desagrada.
Postado por Luis às 06:26 PM | Permalink | Comentários (26) | TrackBacks (2)
(http://aspirinab.weblog.com.pt/)

Anónimo disse...

A coisa está a ficar bem mais ridicula. Depois de se sentir ofendido por outros candidatos prestarem homenagens a figuras do PC, agora insurge-se contra o facto de um candidato cantar uma música popular portuguesa, indo mais longe ao avaliar os seus dotes vocais...ai como era bom quando discutia coisas sérias.

Anónimo disse...

O Cavalo Vencedor e o Cavaco Perdedor

Hoje, no Forum da TSF sobre as sondagens, às tantas ouvi o Pedro Magalhães (Director do Centro de Sondagens da Católica) e (pondo as barbas de molho como o Mais Livre já alertou) a dizer que “as sondagens não servem para prever resultados eleitorais, servem para descrever intenções de voto”, “para o eleitorado da direita o Cavaco é o seu candidato” e até que “as eleições decidem-se no voto e não nas sondagens”.

Nessa altura, mais do que nunca ficou para mim claro que estas “sondagens” (e particularmente as “diárias” do DN e da TSF) foram a arma a que desta vez os cavaquistas (i.e. os grupos económicos e financeiros que pretendem pôr Cavaco na PR), deitaram a mão com mais força, para nos levarem na conversa deles..

Estas “sondagens” tentam fazer Cavaco parecer o que não é. Tentam dar dele a imagem de “vencedor”, escondendo que Cavaco é um candidato banal e minoritário. Banal, como se viu pelas generalidades que debitou nos debates e continua a debitar na campanha. Minoritário porque só tem o apoio do PSD e do PP. E bem nos lembramos das encenações com o Veiga e o Carlos Beato para “provar” apoios fora do seu campo, quando o Veiga se representa a si próprio e o Beato já antes o tinha apoiado...

Isto é tentam vender-nos o Cavaco como (durante muitos anos) nos venderam o sabonete Lux, não porque fosse um sabonete melhor do que os outros, mas porque era usado por nove em cada dez estrelas de Hollywood. Agora impingem-nos Cavaco, não porque seja melhor mas porque 60, 55, ou 53 por cento dos portugueses alegadamente vão votar nele...isto é, jogam no facto das pessoas gostarem de apostar no cavalo vencedor.

Mas estas “sondagens diárias” têm tão pouca credibilidade que nem sequer o Pedro Magalhães as inclui no gráfico do seu blogue Margens de Erro. É que as variações diárias que desde o dia 9, fazem as manchetes do DN e da TSF, estão todas dentro da margem de erro da própria sondagem e assim essas tais variações diárias podem portanto não significar rigorosamente nada. Mas disto ninguém avisa nem os ouvintes da TSF nem os leitores do DN...

Mesmo “pegando” nestas “sondagens”, em números brutos nem uma única vez sequer o Cavaco atingiu os 50%...no máximo foi aos 48% em 10 e 11 de Janeiro e hoje quedou-se pelos 41%. Isto é, nas 600 pessoas que em quatro dias foram inquiridas, nem 300 disseram que vão votar nele e hoje 240 dizem que sim mas 360 dizem que não.

E assim, apesar das “sondagens” se esvai a máscara do Cavalo Vencedor e começa a surgir o verdadeiro Cavaco Perdedor.

As sondagens – não as subestimemos – são técnicas poderosas para fazer a cabeça às pessoas, para criar modas, para nos porem a comprar coisas de que antes nunca necessitámos, para nos porem a simpatizar com quem não conhecemos (ou vice-versa). As sondagens custam dinheiro, muito dinheiro. Por isso quem o tem e quer atingir um determinado fim usa e abusa delas.

Mas sendo as “sondagens” a arma “deles”, é bom que a malta não esqueça que o voto é a nossa arma. E eu como trabalhadora e mulher vou usar o meu voto para eleger o nosso candidato: Jerónimo!

Anónimo disse...

Manuel Alegre, com este súbito interesse por Cunhal revelou o mais puro oportunismo político, especialmente se comparado com outras coiss que disse do mesmo Cunhal no passado. Mas já descobrimos que Manuel Alegre é contra coisas que ainda há poucos meses votou a favor no parlamento. Se Cunhal fosse vivo acha que gostaria de ser utilizado como cartaz eleitoral noutro partido que não o seu? Eu penso que não.

José Manuel

Anónimo disse...

Há gatos que mais parecem burros. É o caso deste. Arma em parvo ao fingir que não sabe distinguir uma atitude oportunista dum oportunista de opereta. Ao Alegre dava jeito que os comunistas votassem nele, só que os comunistas de parvo nada têm e sabem o que é aproveitamento oportunista.