Chego à terra, passo os olhos pelos jornais. Pela profusão de notícias no semanário regional sobre o Presidente Moita Flores, qualquer dia é tão ou mais truculento que o nosso Alberto João Jardim (com menos lantejoulas).
O senhor quer governar. Quer dar cabo da dívida da Câmara, que não o deixa dormir (excepto quando foi uns dias para o Alentejo descansar depois de ser eleito). A oposição é uma malandra, não o deixa. Solução: uma conferência de imprensa a apelar à ternura dos desgraçados dos vereadores do PS e CDU. Quanto a mim, que leiga sou, o facto de não se ter maioria absoluta implica uma maior capacidade de negociação por parte de quem subiu ao poleiro - implica talvez ter mais do que uma solução e, em caso de só haver uma, estar preparado para a defender.
Ora o senhor Presidente faz birra e vem para os jornais dizer que não o deixam governar - parece-me talvez infantil e anti-democrático. Pois, quem sabe, o papel da oposição é, muitas vezes, rejeitar aquilo que é proposto.
O caso tem contornos longos, cuja estória não tem aqui lugar. Mas vejam aqui e vejam como um político inexperiente faz política populista. É o regresso do feirismo do Paulo Portas, ou é uma nova abordagem da pressão política?
segunda-feira, janeiro 09, 2006
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