Nem sol, nem lua, nem o céu imenso.
Só precisa de imagens quem não tem
A brancura de um lenço
Quando do coração lhe acena alguém.
Semelhantes que somos, criaturas
Abertas como rosas neste lodo,
Sejam mitos astrais as pisaduras
Do nosso sangue todo.
Só precisa de imagens quem não tem
A brancura de um lenço
Quando do coração lhe acena alguém.
Semelhantes que somos, criaturas
Abertas como rosas neste lodo,
Sejam mitos astrais as pisaduras
Do nosso sangue todo.
Miguel Torga
Libertação, 1944
Libertação, 1944
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