Por uma razão bastante simples – o meu pai viu os jogos gloriosos do Benfica dos anos 60. Para qualquer adepto que acompanhou Eusébio, Coluna, Torres, Zé Augusto e Simões é bastante complicado ver os jogos actuais do Benfica onde a qualidade do onze não é propriamente brilhante. Desde o apito inicial que o meu pai insiste em criticar todos os jogadores do Benfica (mesmo o capitão Simão). Este apupar desmesurado também tem uma explicação fácil – nenhum dos jogadores actuais tinha lugar na já mencionada equipa gloriosa dos anos 60. Assim, este Benfica, não é o Benfica de outrora, verdadeiramente ganhador e empolgante, mas um Benfica que não se consegue impor aos adversários. Logo, para o meu pai este não é O Benfica, mas apenas uma equipa do Benfica.
Claro que é costume dizer que os simpatizantes (palavra adorável) do Benfica não puxam pela equipa, mas esperam que a equipa puxe por eles. Mas tornou-se demasiado complicado ver os jogos da bola na companhia paterna. A exaltação demonstrada ao longo dos 90 minutos não é suportável pela minha condição de (ainda) adepto contemporizador com as más exibições. Sendo assim, prefiro ir para um café partilhar desabafos com alguns amigos sobre a qualidade da equipa à espera do golo redentor que transforma a mágoa de ver um jogo mal jogado numa imensa alegria. Assim vão as (actuais) glórias da Luz….
quinta-feira, novembro 10, 2005
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