sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Beethoven, Fidelio, Liberdade, Igualdade, Fraternidade

Assisti hoje a uma versão de concerto da ópera “Fidelio” na Gulbenkian e tenho cada vz mais a certeza que é o programa cultural desta Fundação que nos mantém na lista dos países civilizados apesar do claro falhanço num dos critérios mais vigiado pela OCDE, que é o da diferença de votos entre Trotskistas e Democratas Cristãos.
A determinada altura da ópera, ouvi (e confirmei no libreto) algumas frases que não podia deixar de partilhar convosco. Trata-se de um trecho de um monólogo do ministro dirigindo-se ao povo:
“Não sejais por mais tempo escravos sepultados,
Desapareça a tirania do tirano
O irmão procura os seus irmãos,
E se puder ajudá-los, o fará de bom grado”
Meus caros, eu não percebo nada de alemão, mas sei que naquele momento senti uma necessidade irresistível de olhar para o libreto e li nestas frases toda a força da Revolução Francesa ao som heróico de um Beethoven apaixonado pela liberdade. São momentos...

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