Esteve melhor, fez um bom serviço, mas não chegou. Começou por atacar Obama na economia de forma eficaz e com alguma surpresa ficou por cima quando introduziu a personagem de Joe The Plumber - Obama explicou-se bem, mas é McCain quem fará os cabeçalhos das notícias com o assunto.
Até que Bob Schieffer (o melhor moderador de todos os debates) lhe deu a dica para falar dos "amigos terroristas" de Obama. McCain nada disse à primeira oportunidade, hesitou à segunda, e só quando o moderador, parecia ir mudar de assunto é que o interrompeu para falar no que toda a gente estava à espera.
Mc Cain terá percebido que, para onde quer que se virasse, a coisa só podia correr mal: se não falasse no assunto, saía como cobarde por não ter coragem de confrontar o adversário como prometeu fazer e toda a gente na sua campanha pedia; se falasse daria a Obama uma excelente oportunidade para se explicar, referir que quem os juntou foi um milionário republicano amigo de Reagan, e enterrar um assunto cada vez menos interessante para os eleitores. «O facto de o senador McCain se preocupar tanto com o assunto diz mais sobre a sua campanha do que da minha» é uma excelente forma de rematar a questão.
McCain teve os melhores soundbites, mas Obama é cada vez mais presidenciável, sereno, e confiável. McCain continua nervoso, temperamental e condescendente.
McCain pode ter ganho a debater, mas Obama é que saiu a ganhar do debate.
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