terça-feira, setembro 30, 2008

Afinal a pirataria mais grave não é no e-mule

O regresso da pirataria é sempre simpático, traz um ar romântico aos mares tropicais. A história aventureira desta semana não fica atrás de qualquer relato do capitão Jack Sparrow: cargueiro carregado de tanques ucranianos destinados ao Quénia é tomado por navio pirata, que exige resgate de 20 milhões de dólares. Entretanto, vasos de guerra que por ali passavam (um americano, um russo e um por identificar) cercaram o navio para evitar que a carga caia em mãos erradas. No meio da coisa descobre-se que, aparentemente, os tanquezitos não se destinavam ao Quénia, mas parece que iriam fazer viagem em diante até ao Sudão, zona pacata e desprovida de tensão militar - seguramente serviriam para acções de policiamento e nada mais.

Enredo manhoso de série B, à espera de Chuck Norris ou Steven Segall? Nada disso, apenas o produto de muitos e bons anos de alimentação de conflitos em África por comerciantes de armas e mercenários, salpicado do desinteresse pela situação dramática na Somália.


Gilbert & Sullivan - "I am the Pirate King" from The Pirates of Penzance

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