sexta-feira, agosto 31, 2007

Isso dos OGM não sei, mas gosto da GAIA

Não partilho do zelo.
Não estou convencido da mensagem catastrofista (por exemplo, andamos há anos a manipular remédios geneticamente - anti-retrovirais, contra a leucemia, contra o cancro...; tornar a produção agrícola mais resistente a certas doenças pode melhorar decisivamente a alimentação de populações sub-nutridas etc.)
Não me agradou a iniciativa de destruição do campo de milho.
Estou indeciso neste debate. Há estudos para todos os gostos a provar aquilo que quisermos. O argumento anti-OGM mais convincente é o de que em caso de incerteza, e à falta de dados conclusivos, mais vale ser cuidadoso, já que a opção pró-OGM é irreversível. Mas nós também não temos a certeza em relação aos efeitos dos telemóveis, de todo o tipo de radiações emitidas por aparelhos electrónicos etc. Eu admito que, em caso de dúvida, sou céptico em relação aos argumentos "let's keep it natural", "a natureza tem tudo o que precisamos", "não vamos manipular a natureza" etc.
Não sei se isto é a velha escola marxista a falar, mas se deixássemos a natureza tomar o seu rumo vivíamos nas árvores, comíamos carne crua, demorávamos 72h a fazer o caminho a pé Lisboa-Praia das Maçãs e em termos de sexualidade e reprodução era 'cada tiro, cada melro'.
E como sou um leigo, perguntei a um familiar meu que é biólogo/académico (não, não trabalha para a Monsanto) que me diz que a manipulação do genoma do milho, por exemplo, é inofensiva. Não sei...
Mas esta intervenção, gostei sim senhor: articulados, corajosos, inteligentes. Longe de serem vândalos desvairados...

2 comentários:

António Miguel Miranda disse...

Divulgação

Mais um Blog que se tornou um Livro!

Filme da apresentação disponível no YouTube em “Camarada Choco”

www.camaradachoco.blogspot.com
www.livrosnet.com

Vostradong disse...

Que tal um cartoon sobre essa matéria?: Milho geneticamente vandalizado