Por um lado, observamos uma vez mais o fenómeno moraleiro da política americana e a transposição de matéria privada para a esfera da avaliação pública dos titulares de cargos políticos. Se, de facto, nenhum dos comportamentos do senador foi criminoso, ninguém tem nada a ver com o assunto.
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Por outro lado, contudo, há na intenção de Flint um aspecto que não é de todo irrelevante e que pode mitigar a dureza da crítica ao moralismo bacoco que transparece no caso em análise: a hipocrisia dos agentes políticos que, ao mesmo tempo que se arvoram em defensores impolutos da moralidade e contribuem para a confusão das esferas públicas e privadas para fins políticos, não correspondem ao modelo de virtude que querem impor a terceiros.
1 comentário:
Larry Flint é um activista cívico exemplar, mas eu prefiro o seu critério editorial...
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