Notas a quente e a correr:
- Os elevados números da abstenção, reveladores de uma possível desmotivação do eleitorado PSF e do menor interesse do acto eleitoral para a Assembleia Nacional - o tira-teimas tendo sido em Maio, agora tratar-se-ia de formalizar a maioria do vencedor. Depois da ampla participação em Abril e Maio, a participação ficou-se num mínimo histórico de 60%. Para alguns é a aceitação da nova lógica dos mandatos quinquenais do Presidente, coordenados com os das maiorias parlamentares, evitando coabitações e eleições a meio do ciclo.
- A pulverização do Movimento Democrático de François Bayrou. De acordo com as projecções conhecidas, apesar de mais votos deverá ter um resultado em lugares pior do que os candidatos da UDF que se juntaram à UMP, seguindo a lógica eleitoral tradicional.
- A confirmação do lento (e irreversível?) declínio do PCF.
- Uma melhoria do score do PSF em relação ao de Ségolène na primeira volta das presidenciais (25%). Veremos como corre a segunda volta, mas, para já, não se consegue ultrapassar a barreira psicológica dos 30%;
- Pouca incidência de triangulares na segunda volta, i.e., poucos círculos com mais de dois candidatos que obtêm mais de 12,5% dos votos e que acedem ao segundo escrutínio, o que tenderá a reforçar a bipolarização.
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