Uma investigação jornalística parece ter confirmado o que já se suspeitava depois da sua ausência no momento da votação: Cécile Sarkozy, futura primeira-dama da República Francesa, não depositou o seu voto na segunda volta das presidenciais. Sem prejuízo de isto poder ser um sinal interessante quanto ao juízo que os mais próximos fazem de Sarkozy, não pode ser mais do que uma mera trivialidade.
Levanto a questão porque no meio desta controvérsia, que já se arrasta parcialmente desde que surgiram dados na imprensa sobre o estado da relação conjugal, se questiona a vontade de Cécile em desempenhar cabalmente as funções de primeira-dama. Saber o que são estas funções de primeira-dama e se a sua existência faz sentido em Repúblicas da modernidade é que me parece ser a questão central (e digo isto num contexto em que, no caso português, se referir um gabinete de apoio ao cônjuge do presidente na lei relativa aos serviços da Presidência da República).
1 comentário:
Eu nem sei como é que ela continua com ele! Não sei se este assunto foi falado cá, mas aqui há um ano ou dois eles estiveram mesmo separados. Até aqui nada de especial, até parece coisa da vida privada.
Só que ela escreveu um livro sobre ele e publicou-o. Na véspera do livro ser posto à venda (e é aqui que a coisa passa a assunto de relevo nacional), o Ministro do Interior (o próprio), telefonou do gabinete ministerial pessoalmente para o editor e proíbiu que o livro fosse vendido, diz-se que através de ameaças.
Portanto, em vez de cuscuvilhices (que é parvoíce, mas não é crime), tivemos um assunto de abuso de poder, prepotência e censura.
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