Só aponto dois erros de conteúdo ao discurso de Ségo: no domínio económico, demasiado estatista/protecionista , numa linha ideológica que os socialistas franceses fariam bem em abandondar quanto antes, sob pena de um dia serem o último partido social-democrata/socialista europeu a defender o dogma Keynesiano com unhas e dentes; o discurso de género de Ségo era fraco, senão mesmo reaccionário - muita conversa sobre apoiar a maternidade, e defender (no debate com Sarko) "as mães que ficam toda a vida a tomar conta dos filhos em casa e que depois têm pensões de miséria" - cocktail venenoso de paternalismo estatista e discurso anti-emancipatório.
Mas de resto Ségo emanou luz, optimismo e confiança no poder renovador dos valores republicanos, em contraste absoluto com o discurso cínico de Sarko que nunca parou de apelar aos medos, aos ódios e às fraquezas dos eleitores.
Ganha a Direita, perde a República.
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