terça-feira, março 20, 2007

Quando os lobos uivam


Na luta pelo poder no partido, Paulo Portas consegue colocar-se numa posição tão ignóbil que nem as suas qualidades de animal político com em Portugal há poucos parecem ser suficientes para derrubar um líder insonsso e amorfo como Ribeiro e Castro. Este, apesar das suas grotescas e quase suicidas declarações públicas, tem uma rara propensão para ganhar simpatia ao ser enxovalhado, desde que foi vilipendiado numa Assembleia Geral do Benfica, na época de Vale e Azevedo, por se ter insurgido contra a insanidade populista em que o clube mergulhava.

No CDS os coiotes afiam as garras e põem os dentes de fora. Parece que andaram a ler uns manuais da mais rasteira política americana, ao estilo de Karl Rove, mas muito desajeitada. Resquícios, talvez resultado do curto exílio de Portas em Washington. Ocorrem-me uma série de adjectivos a aplicar a tão insigne matilha, mas não é meu estilo constatar o óbvio.

Isto é gente que não tem qualquer outra actividade profissional e precisa da política para ser alguém na vida, e não olha a meios para conseguir o que quer.
Podia ser eu a tê-lo dito, mas quem o disse foi Maria José Nogueira Pinto, que demonstra ser uma senhora de grande classe (o marido dela é que é o diabo).

Aut viam inveniam aut faciam
.

1 comentário:

Pedro Delgado Alves disse...

Em grande forma.
Welcome back.