João César das Neves continua no mesmo registo de sempre (ver DN de ontem). Confesso que começo a deixar de ter pachorra para a indignação. Claro que as barbaridades continuam a ser as mesmas (e graves), claro que o registo continua a ser inaceitável num diário que se quer de referência, claro que o discurso continua medieval e desajustado à visão do futuro e do progresso que defendo.
Mas estamos a chegar ao ponto em que fico com a sensação de déjà-vu, em que acho que bastaria fazer uma remissão para um dos meus posts anteriores em que me insurgi contra JCN, que o conteúdo continuaria a bater certo. Todas as semanas se fica com a impressão de que JCN está a escrever outra vez o mesmo artigo, a fazer as mesmas acusações de depravação e perdição, a acusar a Europa de ser uma meretriz da Babilónia que promove aborto, homossexualidade, eutanásia, pedofilia (cito o artigo de ontem, mas aposto que também estou a citar pelo menos mais una dúzia de edições antigas).
Fico até um bocado chateado comigo memso por já não me conseguir insurgir com a mesma veemência. Mas, por outro lado, é bom sinal. É sinal de que o modelo de JCN está esgotadíssimo e de que um candidato a opinion-maker que só consegue produzir e reproduzir sempre a mesma opinião não irá longe. Fica uma dica: e que tal voltar à temática económica, que era a finalidade incial da coluna, antes de se ter tornado na versão hardcore do Osservatore Romano? Fica a sugestão. É que não se esqueça senhor professor, não há almoços grátis, e um dia deste alguém na direcção do DN ainda topa que andam a pagar o mesmo artigo há várias anos...
1 comentário:
HAHA! Bravo!
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