Já em tempos problematizei o dilema das monarquias modernas em torno das leis de sucessão. Ao procurarem ser sensíveis ao género e eliminar as discriminações decorrentes da varonia gritam alto e a bom som que o rei vai nú: torna-se o regime mais igualitário ao não discriminar as mulheres, mas permanecemos medievalmente indiferentes à discriminação de 99,999999999% da população no acesso à Chefia de Estado.
Em Espanha as coisas complicam-se ainda mais. Agora que todos estavam decididos a ter uma rainha daqui a duas gerações, os princípes das Astúrias trataram de engravidar novamente e re-lançar o debate - e se for um rapaz e a constituição ainda não estiver alterada quando nascer? Prejudica-se o jovem herdeiro aparente?
Dilemas a que as Repúblicas se continuam a poupar...
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