terça-feira, abril 25, 2006

A Revolução que tanto amamos


Não é por este blog andar paradito de posts que vamos deixar de prestar atenção ao que realmente interessa. Aqui deixo o meu sentido testemunho.

Foi na sequência da Ávinho em Aveiras. Desafiei os escuteiros que ficaram este ano com a taberna do Chico da Serra. Aceitaram prolongar a festa do vinho e das adegas por mais um dia para além do fim de semana e comemorar o 25 de Abril à segunda-feira. O 25.
Não houve imposição de escolha musical, não houve nada. Apenas uma sugestão bem acolhida. eu nem gosto do escutismo, só destes escuteiros de quem sou amigo.
A festa foi bonita, pá!
Cartazes do 25 e música do Zeca. Discussão política com todos os pontos de vista representados - ou melhor, possibilidade de discutir tudo e mais qualquer coisa.
As cabeças estavam alertas e dispostas a debater e discutir. Não sei se por teimosia ou por disposição, mas sei que o tema desta festa abriu muitas portas. E o 25 de Abril aconteceu. A bem ou a mal, a discussão aconteceu. O que era bom, o que era mau, tudo isso apareceu. A política como está, como devia ser, apareceu. O debate surgiu, o diálogo proporcionou-se, e à razão deixou-se o lugar devido.
Disse, pois disse. E ainda bem que há democracia, nem que seja à volta de um copo de cerveja ou vinho.
Depois de vir a casa deixar os posters que serviram de decoração ao espaço da taberna do Chico da Serra, senti que havia alguma coisa a dizer. E por isso voltei. Disse-o. O 25 fez-se por uma sociedade idealizada que não pode conhecer limites de classe ou posição social. O 25 fez-se para que tolerÂncia que a liberdade proprociona. Ainda bem que a liberdade fala pelas mais estranhas formas. Só assim pode o 25 acontecer nas pequenas coisas, Sem atavios ou prisões. Só a liberdade. Hoje o 25 aconteceu. A mensagem passou, e eu, um pequeno elemento na correia de transmissão, deixarei e farei com que aconteça todos os dias. Que bela forma de homenagear a geração dos meus pais! Que belo presente é a liberdade!

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