Nos 40 anos do encerramento do Concílio do Vaticano segundo, as palavras do General Ratzinger para o assunto foram pouco mais que circunstanciais. Numa cerimónia onde o ponto alto foi a benção da chama olímpica dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turim (nada como ver um zelota católico a abençoar um símbolo pagão...) Ratzinger apenas para alertou a humanidade de que a sua recusa em submeter-se à vontade de Deus pode conduzir à destruição do mundo. Este é o perigo de viver "contra o amor e a verdade". Parece que a reabilitação de Monsenhor LeFébvre, o mais tenaz opositor do Concílio, está a caminho
O Concílio, que entre outros avanços concluiu pela impossibilidade nas sociedades modernas de a Igreja se erigir no meio do Estado como única intérprete e definidora da verdade, foi sobre a Igreja se abrir ao mundo, e não sobre o mundo se esconder dentro do abraço protector e fechado da Santa Madre Igreja.
Aggiornamento - esta é a palavra-chave do Concílio.
2 comentários:
Penso que o Papa não abençoou o símbolo propriamente dito, mas sim a competição, dado o cariz olímpico e desportista da mesma. E mesmo que a prova em si possa ser pagã, não deixa de ser católico o desejar as maiores venturas aos atletas e à organização..
Concordo com a sua interpretação teleológica do gesto, mas não deixa de ser curioso que o mesmo se preste a outras leituras, como esta, menos benévola.
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