O Expresso de Sábado, dia 19, dá conta de uma decisão da Conferência Episcopal Portuguesa, no sentido de não ser admitido qualquer tipo de actuação musical em Igrejas que não se limite à música sacra. Entre as principais vítimas da medida encontram-se obras de confessos satânicos, ateus e maus rapazes como Mozart, Beethoven, Haydn, Brahms ou Liszt (que, até chegou a ser padre, imagine-se).
A deliberação alude a bens culturais da Igreja, mas há que ser claro na separação das águas. Não tendo nada a opinar quanto ao que a Igreja portuguesa decide fazer quanto ao que se passa na sua propriedade privada, chamo apenas a atenção para o facto de considerável número de igrejas, catedrais, mosteiros e capelas se integrarem no Património do Estado desde 1911. Assim sendo, não deve a hierarquia eclesiástica retirar do facto de lhe ser permitido usufruir dos edifícios abrangidos qualquer prerrogativa exorbitante quanto a usos culturais, especialmente aqueles que, como a difusão da música clássica, cumpre promover e divulgar.
1 comentário:
Aqui, Pedro Delgado, não estamos de acordo.
Acho que começamos a poder ficar mais tranquilos quando a Igreja Católica mostra a verdadeira face. Quando não disfarça, e se dá ares de instituição caritativa. Prefiro assim. Repressiva e intolerante como sempre foi.Primeiro porque lhe assenta bem, depois porque a história o exige. Nada de a branquear. Sobre ela pesam já quase dois mil anos de crimes contra a Humanidade e seria bom que um dia alguém respondesse por eles.
No restante, estamos realmente de acordo!
É a minha primeira visita ao vosso blog e se gostei!
Convite feito. Passem lá pelo meu modesto Homem ao Mar! e deixem as vossas críticas.
Obrigado
Manuel Ferrer
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