De acordo com o site oficial do partido, o líder do CDS, José Ribeiro e Castro, preside hoje ao tradicional jantar evocativo do "25 de Novembro".
Tanto quanto sei, trata-se do único partido político português que tem um "tradicional jantar evocativo do 25 de Novembro". Apesar de não ser este o discurso oficial, este evento insere-se tendencialmente numa corrente que defende uma leitura reaccionária dos eventos, que, na opinião dos seus mais exaltados apoiantes, pretende mesmo erguer o 25 de Novembro em feriado nacional, preferindo-o ao 25 de Abril.
O que hoje se assinala não é um momento de libertação e de ruptura democratizante: está em causa o claro regresso aos objectivos do 25 de Abril de 1974 e a vitória de via democrática representativa sobre a via da legitimidade revolucionária. Mas este fim de Verão quente que abriu o caminho aos moderados e à institucionalização do regime democrático entre nós não pode ser lido como momento fundador do regime, como símbolo do fim de qualquer pretensa "opressão revolucionária". As raízes da democracia encontram-se a 25 de Abril, no Programa do MFA e no coroar da resistência ao fascismo.
Querer fazer uma leitura revanchista, anti-abrilista do 25 de Novembro é pura manipulação. Os homens que sairam "vencedores" do 25 de Novembro estavam na rua frente ao Terreiro do Paço e ao quartel do Carmo quando o Estado Novo caiu. Aliás, foram eles que o empurraram...
1 comentário:
a imagem não é do 25 de Abril?
Enviar um comentário