segunda-feira, maio 02, 2005

Enfim, temos de fazer pela vida...

No dia em que se soube que Paulo Portas vai ser agraciado por Donald Rumfsfeld com uma condecoração dos EUA por serviços prestados ao país (e que, por alguma razão, raramente é atribuída a estrangeiros), Santana Lopes dá uma entrevista à SIC na qual, enquanto mostra algumas das suas obras, dá conta de que já fez planos para a sua vida profissional depois de sair da presidência da Câmara de Lisboa: vai voltar à advocacia, que é a sua profissão (sou só eu que noto a ironia nesta declaração?), e trabalhar como consultor internacional para algumas empresas porque «enfim, nisto de ser primeiro-ministro vão-se conhecendo algumas pessoas em África, na América na Ásia», e tal.

Para a península vem mais um prémio de consolação, depois do que foi atribuído a Aznar o ano passado, embora o distinguido não seja o chefe de governo derrotado - a menos que Donny Rumsfeld saiba algo que nós não saibamos, tipo quem é que mandava no governo.
E afinal parece que não havia tanta gente a querer o mal de Santana. Agora todos o querem. Pode ser que faça de vez as pazes com a vida.

Assim é que é bonito: os amigos são para as ocasiões.

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