A questão do luto pela morte de Lúcia de Jesus é, no mínimo, discutível, e não respondo sem alguma dúvida. Se me perguntarem se Maria de Lurdes Pintassilgo, Fernando Vale ou muitos outros esquecidos pela República mereciam mais o luto nacional do que a Irmã Lúcia, não tenho dúvidas em responder que sim.
Enquanto homenagem do Estado, o luto nacional não deve ser mistificado, desde que correspondentemete não seja vulgarizado.
Daí que não se deva contrapor a esta situação o - lamentável - esquecimento de Maria de Lurdes Pintassilgo. Acertadíssimo o comentário do Pedro Alves sobre o modelo de mulher que fica celebrado quando uma é homenageada e a outra não.
Mas o problema, recorrente, nesta República, não são os mortos que homenageia - é a memória daqueles que não o são.
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