Eu tinha prometido a mim mesmo deixar o Público sossegado. Parar de chatear. Mas esta é de longe a melhor de todas.
Público de ontem, 18 de Março de 2009, página 15 da versão impressa.
Título: "Luís Amado exige fim da expansão dos colonatos judaicos".
"Jornalista": um senhor chamado Jorge Heitor
"Em Dezembro de 2008, recorda, Lisboa decidiu elevar o nível das relações com Israel, "como forma de alcançar um compromisso mais construtivo" entre a UE e esse país". E agora espera bem que não se continue a assistir à expansão dos colonatos judaicos na Cisjordânia ou na Faixa de Gaza."
Não há colonatos judaicos na Faixa de Gaza desde 2005. Não há. Foram retirados, não podendo portanto expandir-se. Como duvido que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não esteja ao corrente da retirada israelita de Gaza, julgo que podemos assumir com alguma certeza que o "jornalista" não foi sequer capaz de citar/parafrasear o conteúdo da tal carta.
Mas há mais:
"Amado manifesta o desejo de debater estes assuntos aquando da reunião informal que os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros vão ter no fim da próxima semana no Centro de Congressos de Brdo (Eslovénia), sob a presidência do ministro esloveno dos Negócios Estrangeiros, Dimitrij Rupel, actual presidente do Conselho de Assuntos Gerais e Relações Exteriores da UE."
Como toda a gente sabe, é a República Checa que presentemente (e até fim de Junho) assume a presidência da UE e é o MNE checo (Karel Schwarzenberg) que preside ao Conselho de Assuntos Gerais e Relações Exteriores. De facto, está iminente uma reunião informal dos MNEs europeus (Gymnich)... na República Checa.
De que raio estará então a falar o "jornalista"?
Fui investigar. E está aqui a explicação. Há precisamente um ano, fim de Março de 2008, o Gymnich teve de facto lugar na Eslovénia, no Centro de Congressos de Brdo.
E não há uma alminha caridosa naquele "jornal" que detecte tamanho disparate?
1 comentário:
O Público transformou-se num pasquim sem o mínimo de qualidade e de rigor. São tendenciosos e manipuladores.
O Público mudou radicalmente de teor logo no dia a seguir em que o seu dono, Eng. Belmiro, não conseguiu comprar a PT.
Belmiro, esperava uma "mão" de Sócrates para comprar a PT, apesar de não ter dinheiro suficiente para tal.
Logo aí, Sócrates, que era até então bestial, passou a besta.
Só não vê quem não quer.
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